Monday, September 24, 2012

CONFIRAM "Brasil e EUA trocam punição por tratamento a usuários de crack"


 
 


http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1679015-15605,00.html
Edição do dia 11/03/2012 - Atualizado em 12/03/2012 00h06
Brasil e EUA trocam punição por tratamento a usuários de crack
O Fantástico mostra histórias de esperança, projetos que estão ajudando os usuários dessa droga terrível a retomar a vida.
 
 
 
 
A luta do Brasil contra o crack: o Fantástico mostra histórias de esperança, projetos que estão ajudando os usuários dessa droga terrível a retomar a vida. Um dos modelos que inspirou algumas iniciativas brasileiras veio da justiça americana. Lá, oito em cada dez dependentes que participam de um programa de reabilitação conseguem se livrar das drogas.

Miami, 23h. Quando a busca é por usuários de drogas, o endereço é certo. Uma das chamadas “crack-house” em Miami é uma das poucas que ainda existem. São casas, lugares abandonados onde as pessoas se reúnem para usar drogas. Lá, o policial verifica se há alguém no local.

“Se você comparar com alguns atrás agora está mais fácil. Não há muitos usuários de drogas nas ruas. Menos do que antes, com certeza”, conta o policial.

Miami, nos anos 1980 e 1990, era maconha e cocaína. Crack e heroína. Eram drogas que poluíam as ruas, destruíam as mentes e desafiavam a polícia.

Entre as estratégias para combater o problema estavam as prisões e a destruição das “crack-houses”, território dos usuários de drogas. Mas nada disso era suficiente. Repressão não era a saída.

Um dos métodos mais eficientes de combate às drogas no mundo nasceu em uma sala do Tribunal de Drogas de Miami. Desde que esse tribunal foi criado, em 1989, o número de crimes caiu 33%. Oito em cada dez dependentes que chegam ao tribunal conseguem abandonar as drogas.

Funciona assim: o usuário é flagrado com uma pequena quantidade de entorpecentes. Vai preso, porque em Miami isso é crime. Passa uma noite na cadeia e segue para o tribunal. Se não tem nenhum histórico criminal a juíza pergunta: “Você quer participar do programa?”.

Dura um ano. Exigência número 1: fazer exame de urina a cada sete dias. Número 2: ir duas vezes por semana a um psicólogo. A terceira exigência a equipe de reportagem do Fantástico acompanhou.

Às 21h, em Miami, em uma casa, assim como em muitos outros locais da cidade, há um encontro de narcóticos anônimos. São usuários de drogas que se reúnem para trocar experiências. Mas mais do que isso: cumprir uma determinação da Justiça.

Eles não mostram o rosto, mas é possível identificá-los pela voz. São brasileiros. “Estamos nas garras de uma doença progressiva que termina sempre da mesma maneira: prisões, instituições e morte”, diz um usuário.

Eles se juntam duas vezes por semana. Um ajuda o outro a controlar a dependência e ainda contam ponto perante a Justiça. Aí se entra na quarta exigência do programa do Tribunal de Drogas de Miami: a prestação de contas. Uma vez por mês todos fazem fila para se apresentar à juíza.

O porto-riquenho Martin Cavallero apresenta os comprovantes de que cumpriu todos os requisitos. Diz onde está morando e trabalhando e recebe os parabéns. Se não tiver uma recaída, daqui a um mês completará o programa. “O mais importante para mim é ter o nome limpo”, diz Martin.

Quem cumpre o programa não se afasta apenas das drogas. Fica sem histórico criminal e apaga esse passado de entorpecentes.

Quem comanda esse tribunal, todo decorado com avisos sobre o perigo das drogas, é Deborah White-Labora. “Tudo o que existe no programa está disponível na sociedade. Mas quando uma pessoa vem aqui, ela se sente motivada e percebe que está sendo monitorada”, diz a juíza.

A dependência quase arruinou a vida do advogado Richard Baron. Graças ao programa, conseguiu reconquistar tudo o que tinha: a mulher, os filhos e o trabalho. “No colégio, comecei a beber e fumar maconha. Alguém disse: ‘Experimente isso’. Era crack e cocaína. Por três anos e meio eu usei essas drogas”, conta.

Hoje, Richard Baron ajuda financeiramente o Tribunal de Drogas de Miami. Paga quatro advogados, que ajudam na defesa dos dependentes. Assim, o programa acaba se tornando mais eficiente do que manter qualquer pessoa na cadeia.

A cada US$ 1,00 gasto no tratamento, cerca de R% 1,70, o governo economiza mais de US$ 3 em gastos com prisões.

David Kahn é um ex-promotor de Justiça que trabalhou durante seis anos no Tribunal de Drogas. E hoje ele mostra como ficou uma área que, há duas décadas, era devastada pelo crack e pela cocaína. “A situação aqui explodiu, assim como no seu país. A mesma coisa”, afirma o ex-promotor David Khan.

David Khan já esteve no Brasil várias vezes para tentar implantar o programa que hoje existe em 2,5 mil cidades no mundo. Khan visitou a Cracolândia paulista e vê uma diferença simples entre o que foi feito nos Estados Unidos e o que é feito no Brasil. “Nós não nos limitamos a tirar essas pessoas daqui. Nós damos a elas uma chance de vida saudável, longe das drogas”, compara o ex-promotor David Khan.
Projeto em São Paulo troca punição por tratamento

Será que um sistema igual ao americano funcionaria bem no Brasil? O Fantástico mostra como a Justiça brasileira está mudando a maneira de lidar com o usuário de drogas. Um homem tinha uma ordem de não chegar a menos de cem metros da filha por causa da dependência.

“Quando eles me pegaram, fazia mais de 30 dias que eu não escovava os dentes”, revela o homem.

Ele foi parar no Fórum de Santana, em São Paulo, onde funciona um projeto chamado “Justiça Terapêutica”, que dá uma chance para quem é flagrado com drogas. Se ficar claro que a pessoa estava com entorpecentes somente para consumo, ela tem a chance de trocar a punição pelo tratamento.

“Tanto a Corte americana quanto a Justiça Terapêutica brasileira trabalham no sentido de evitar que aquele que foi preso e teve problemas com drogas receba atenção na área terapêutica para evitar a repetição do uso da droga e novos crimes”, afirma Mário Sérgio Sobrinho, do Fórum de Santana.

Desde que o programa paulista começou, há dez anos, quase mil pessoas já participaram. O homem que não podia chegar perto da filha é um deles. Para ficar com a ficha limpa, ele é obrigado a frequentar o programa “Narcóticos Anônimos” e precisa comprovar a frequência. A cada sessão, recebe um carimbo na ficha. Desde que começou a participar das reuniões, largou as drogas e conseguiu ter a família de volta.

“Estou vivo, ando de cabeça erguida, consigo olhar as pessoas nos olhos. Consigo ficar com a minha filha, dar um bom exemplo para ela”, diz o homem. “Se a Justiça Terapêutica não tivesse dado essa chance, hoje você estaria onde?”, indaga o repórter. “Preso ou morto”, responde o homem.

A experiência da Justiça pernambucana é ainda mais radical. O foco são os bandidos que cometem outros crimes por causa do uso de tóxicos. Troca a prisão pelo compromisso de ficar longe das drogas.

“Ele deve ser tratado. Tratar significa para a Justiça deixar de usar droga. Não é reduzir, mas deixar plenamente. Se ele consegue isso durante dois anos, ao final do período ele está reabilitado do uso da droga e, ao mesmo tempo, o processo dele é extinto. Ele não deve mais nada à Justiça”, explica José Marques Costa Filho, psiquiatra responsável pelo Centro de Justiça Terapêutica de Pernambuco.

“O país tem cinco regiões diferentes, com culturas diferentes. Quando tem uma posição desse tipo, com um juiz tentando fazer um trabalho, mesmo que a recuperação seja pequena, eu acho que vale a pena investir”, avalia o psiquiatra Artur Guerra.

Essas são alternativas para quem tem contas a acertar com a Justiça. Mas o que fazer se você tem um parente dependente das drogas? A quem recorrer?

“Primeiro lugar, buscar o centro de atenção psicossocial do seu município ou do seu estado, e estou dando como alternativa procurar o 136 do Ministério da Saúde, número que pode ajudar a identificar no seu município, no seu estado, e o ministério vai ajudar nisso: a buscar uma unidade de saúde que pode acolhê-lo”, afirma o ministro Alexandre Padilha.

No fim de 2011, o governo federal lançou um plano nacional para enfrentar o problema. Liberou R$ 2 bilhões para que os municípios invistam em diferentes tipos de tratamentos. O ministro da Saúde admite que o Sistema Único de Saúde (SUS) não está pronto para lidar com o crack.

“Nós temos que ter tratamento para esse caso como uma epidemia, e toda epidemia que desafia o serviço de saúde, exige que ele se reorganize”, declarou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Dez cidades foram consideradas prioritárias. Nelas, os agentes de saúde vão a campo buscar quem precisa de ajuda. Na noite de sexta-feira (9), a equipe de reportagem do Fantástico acompanhou o trabalho da equipe do projeto Consultório de Rua, no Centro de São Bernardo. A intenção é oferecer ajuda e tratamento aos usuários de crack e cocaína para que eles abandonem as drogas. É um trabalho difícil e de muita conversa.

Um usuário conta que tem 22 anos, dois filhos pequenos e está sem aparecer em casa há três dias. Ele diz que aceita ser atendido em um CAPS, um centro de atendimento sem internação. “Eu tenho capacidade de consertar minha vida de novo e eu vou consertar”, promete.

Mas para pacientes que precisam ser internados, que estão pondo em risco a própria vida ou a de outras pessoas, a solução pode ser a casa de acolhimento. Um lugar onde se reconstrói a vida.

Adriana usou crack por 20 anos e sumiu no mundo. Depois de passar por cinco clínicas diferentes, conseguiu sair do buraco fazendo os outros rir. Na terapia, ela foi convidada a fazer parte de um grupo de palhaços. A brincadeira trouxe de volta algo muito sério.

“O juiz, inclusive, ia fazer atestado de óbito provisório para minha família. E aí dei uma entrevista do grupo de palhaços e minha família me viu na televisão e me achou”, conta Adriana.

Onde não há os serviços públicos, há cidades investindo em soluções que só eram acessíveis para quem podia pagar. “Você se prostitui, você rouba, trafica. Eu abandonei meus filhos. Cuidei dele por menos de 2 anos, praticamente ficou sem a mãe”, lembra.

A família de Bruna pagou o tratamento em uma clínica por três meses. Quando não teve mais condições, recebeu um cartão de assistência do governo de Minas Gerais. São R$ 900 por mês. “Foi uma benção”, se emociona.

Bruna ainda sente medo da rua, mas já consegue sair e passar o fim de semana em casa. A família tem um papel fundamental na recuperação do usuário de drogas.

“Eu vou procurar fazer meu papel de mãe melhor. Talvez eu tenha falhado em alguma coisa, talvez tenha faltado diálogo, um puxão de orelha. Eu não vou perdê-la pela segunda vez. Eu perdi e recuperei, agora não perco mais”, afirma a mãe de Bruna.


Monday, July 2, 2012

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN EXCELÊNCIA EM QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE












Os hospitais de excelência do Brasil
Hospitais públicos e privados figuram na lista das instituições com certificação internacional
  

Hospital Albert Einstein (São Paulo, SP)
O hospital mantido pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein não é apenas um dos melhores do Brasil, mas também ocupa posição de excelência entre os principais centros de saúde da América Latina. Dono de um bom número de certificações, o Albert Einstein foi o primeiro hospital brasileiro a buscar uma acreditação da JCI, ainda em 1999. Seu centro de atendimento ao paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC) também foi certificado, dentro do programa Doenças ou Condições Específicas.

O Albert Einstein também tem forte atuação filantrópica, por meio do atendimento ambulatorial e educacional na comunidade de Paraisópolis, zona oeste da capital paulista. Como hospital de excelência credenciado ao SUS, o Einstein também desenvolve nove projetos em parceria com o Ministério da Saúde na área de doação, captação e transplante de órgãos e tecidos em todo o país.





Sistema Einstein de Qualidade e Segurança do Paciente 

O Hospital Israelita Albert Einstein disponibiliza os mais avançados recursos da medicina que, aliados a uma visão inovadora da saúde, vão além do tratamento eficiente. A qualidade é característica da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein desde a sua criação.
O Sistema Einstein da Qualidade (SEQ) é um conjunto de programas gerenciais consagrados que sistematiza o planejamento, a formulação e a operacionalização dos processos assistenciais e de apoio, necessários para garantir a excelência nos serviços prestados.
O SEQ é um sistema dinâmico que permite a revisão e atualização dos padrões e critérios adotados como referenciais, com flexibilidade suficiente para permitir a adequação aos diferentes negócios da Sociedade.
O SEQ está fundamentado na missão, visão e valores da Sociedade, em preceitos judaicos e nos princípios publicados pelo Instituto de Medicina dos Estados Unidos da América do Norte:
  • Assistência Focada no Paciente - prover assistência que atenda e respeite as preferências, necessidades e valores dos pacientes.
  • Prover Assistência no Tempo Adequado - reduzir esperas e atrasos, por vezes prejudiciais, àqueles que recebem e prestam os cuidados.
  • Eficiência - evitar desperdícios e mal uso de suprimentos, equipamentos, ideias e energia.
  • Equidade - respeito à igualdade de direito de cada um. Prover assistência cuja qualidade não varie em função de características pessoais, como gênero, etnia, condições sócio-econômicas ou localização geográfica.
  • Efetividade - prover serviços adequados àqueles que deles se beneficiarão; uso responsável dos recursos - evitar uso excessivo ou insuficiente.
  • Segurança do Paciente - evitar que a assistência prestada resulte em dano ao paciente.
O Einstein tem como prioridade absoluta a Qualidade do Atendimento e a Segurança do Paciente. A partir de 2007, a Segurança do Paciente passou a ser uma questão estratégica, com um compromisso firme e visível de toda a liderança na eliminação ou mitigação de riscos na assistência ao paciente, na prática dos profissionais e no ambiente hospitalar.
A liderança da instituição estabeleceu o Decálogo da Segurança, firmando o compromisso de todos com a segurança do paciente, dos profissionais e do ambiente:
1.     Decisão e interesse do nível mais estratégico
2.     Responsabilidade da supervisão
3.     Refletida como prioridade - no cotidiano, nas reuniões e discussões; nas políticas e procedimentos, que refletem padrões de qualidade e excelência
4.     Metas e resultados mensurados
5.     Eventos adversos notificados, analisados e recomendações retro - alimentadas
6.     Comunicação aberta e frequente
7.     Auditoria para verificar a adesão
8.     Bons resultados comemorados, incentivados e premiados
9.     Suporte qualificado
10.                       Treinamento permanente
Nosso objetivo é identificar oportunidades de melhorias nos processos assistenciais e de apoio e utilizar ferramentas da qualidade para a identificação, correção e prevenção de novas ocorrências. A responsabilidade pela segurança é de todos os colaboradores, mas especialmente das lideranças.
O Einstein participa de importantes iniciativas internacionais para a melhoria da assistência e da segurança do paciente, lideradas por instituições como Joint Commission International, o Institute of Healthcare Improvement e a Organização Mundial da Saúde.

 

 I International Symposium on Patient Safety and Quality

29 de junho de 2012


Paul Barach MD. MPH.
MD, MPH, Professor do Centro para Segurança do Paciente da Universidade de Utrecht, USA.


08h30 – 09h30 | Curso (Parte 1) - Modelo mental e segurança do paciente
 
Um "currículo mínimo" para segurança do paciente o uso dos dados para efetiva implantação de melhorias engajando a Liderança – princípios de liderança com foco na segurança do paciente / Managing and improving patient handovers and communication
Dr. Paul Barach - University of Utrecht, Netherlands, USA
Dra.
Julie K. Johnson - Universidade de New South Wales, Sydney, Austrália

09h30 - 10h00 | Coffee Break
10h00 - 12h00 | Curso (Parte 2) - Modelo mental e segurança do paciente Um "currículo mínimo" para segurança do paciente o uso dos dados para efetiva implantação de melhorias engajando a Liderança – princípios de liderança com foco na segurança do paciente / Designing Hospitals to Reduce Harm and Improve Sustainability
Dr. Paul Barach - University of Utrecht, Netherlands, USA
Dra. Julie K. Johnson - Universidade de New South Wales, Sydney, Austrália



12h00 – 13h30 | Simpósio Satélite / Lunch
13h30 – 14h30 | Conferência Segurança do Paciente: conhecendo e manejando os fatores humanos relacionados aos eventos adversos / Higly Reliable Organizations: The Role of Human Factors, Teams and Clinical microsystems
Dr. Paul Barach - University of Utrecht, Netherlands, USA
14h30 – 15h30 | Mesa redonda - Experiências Nacionais: como monitorar processos de risco – Setor Privado
Sistema Einstein de Gerenciamento e Vigilância do Risco: processo de identificação e monitoramento dos principais processos de risco
Paola Bruno de Araujo Andreoli - HIAE
ANAHP: estruturação de um sistema de benchmarking entre hospitais privados para Segurança do Paciente
Dra. Denise Schout - ANAHP
15h30 – 16h00 | Coffee Break
16h - 17h | Mesa redonda - Experiências Nacionais: como monitorar processos de risco – Setor Público
Sistema de notificações e tratamento de riscos a Segurança do Paciente no contexto público
Dra. Patricia Fernanda Toledo Barbosa - ANVISA
Atenção primária: os desafios da implantação da cultura de segurança
Luciana Morais Borges - HIAE
30 de junho de 2012
08h30 - 09h30 | Conferência
Segurança do Paciente: cenário Nacional
Dr. Walter Mendes – Fundação Oswaldo Cruz
09h30 - 10h00 | Coffee Break
10h00 – 11h00 | Conferência
A visão legal da sustentabilidade e Riscos Coorporativos
Dr. Emerson Eugenio de Lima – ELP Advogados
11h00 - 12h30 | Painel: O que de fato faz diferença para a melhoria da Segurança do Paciente?
Como medir desempenho do serviço sob a perspectiva da segurança do paciente?
Dr. Nelson Akamine - HIAE
Cuidado centrado no paciente: "O paciente em primeiro lugar"
Dr. Antonio Capone Neto - HIAE
Visita multiprofissional e Handover – a experiência da UTI do Einstein
Dr. Haggeas da Silveira Fernandes - HIAE
Qual o custo dos eventos adversos?
Dra. Camila Sardenberg - HIAE






08h30 - 09h30 | Conferência
Segurança do Paciente: cenário Nacional
Dr. Walter Mendes – Fundação Oswaldo Cruz
09h30 - 10h00 | Coffee Break
10h00 – 11h00 | Conferência
A visão legal da sustentabilidade e Riscos Coorporativos
Dr. Emerson Eugenio de Lima – ELP Advogados
11h00 - 12h30 | Painel: O que de fato faz diferença para a melhoria da Segurança do Paciente?
Como medir desempenho do serviço sob a perspectiva da segurança do paciente?
Dr. Nelson Akamine - HIAE
Cuidado centrado no paciente: "O paciente em primeiro lugar"
Dr. Antonio Capone Neto - HIAE
Visita multiprofissional e Handover – a experiência da UTI do Einstein
Dr. Haggeas da Silveira Fernandes - HIAE
Qual o custo dos eventos adversos?
Dra. Camila Sardenberg - HIAE

Saturday, March 5, 2011

CONFIRAM, POIS PARTICIPEI, PERCEBI O PROFISSIONALISMO, A SERIEDADE E RECOMENDO "CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE"

SOURCE/LINK: http://www.unifesp.br/index.php?cod=2&pag=cursoext.php&tipo=1

SOURCE/LINK: http://www.agoma.com.br/Video/Eduardo.html





Curso de Especialização em Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU - ESPECIALIZAÇÃO



Curso de Especialização em Prevenção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde


Este curso de Especialização em Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (Infecção Hospitalar) tem a finalidade de formar profissionais de saúde para a prevenção e controle das infecções em serviços de saúde conforme orientações das legislações pertinentes à matéria. O curso busca fornecer subsídios teóricos e práticos para que o aluno possa adquirir uma formação específica e análise crítica, tornando-o capaz de atuar na área. O programa será ministrado uma vez por mês, sexta à noite, sábado nos períodos da manhã e tarde e domingo pela manhã, perfazendo um total de 16hs por mês, com o intuito de melhor atender o público alvo.
A prática, com carga horária de 200hs deverá preferencialmente ser realizada no Complexo UNIFESP, sob a supervisão dos coordenadores do curso. Os alunos que fizerem opção por realizar os estágios sob nossa supervisão, poderão estagiar em diversos serviços do Hospital São Paulo: Controle de Infecção Hospitalar, Vigilância Epidemiológica, Núcleo de Avaliação e Controle Ambiental (NACA), Racionalização de antimicrobianos, serviços de apoio (centro cirúrgico, centro de material, lavanderia, nutrição e dietética, farmácia,etc) e unidades de internação( unidades de terapia intensiva e enfermarias).Esses alunos poderão realizar vigilância de infecção hospitalar nas unidades clínico-cirúrgicas e visitas técnicas em unidades de internação e serviços de apoio, conforme disponibilidade de tempo. Os alunos que tiverem possibilidade de realizar estágios fora do Complexo UNIFESP deverão apresentar um cronograma das atividades práticas para a avaliação da coordenação.

Objetivos
-           Formar o profissional da saúde a atuar com competência e eficiência em ações de prevenção e controle de infecção relacionadas à assistência à saúde considerando que essa problemática exige atualização do conhecimento e aplicação dos avanços científicos e tecnológicos.
-           Debater sobre as medidas de prevenção e controle de infecção com ênfase no contexto hospitalar numa visão multidisciplinar reconhecendo a importância da manutenção de um ambiente biologicamente seguro.
-           Discutir e analisar em âmbito nacional e internacional a legislação que regulamenta as ações de controle de infecção em serviços de saúde, o processo de vigilância epidemiológica, o uso racional de antimicrobianos e as medidas de biossegurança.


Público-Alvo
Dirigido a profissional da saúde de nível superior: médico, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, biólogos e áreas afins.

Detalhamento da carga horária:
            Teórico: 200horas
            Prática: 200 horas
Trabalho de Conclusão de Curso: 85 horas

Dinâmica do curso:
Sexta-feira: 18hs às 22hs,
Sábados das 8:00 hs às 18hs e
Domingos das 8:00 hs às 12hs (1 final de semana por mês)

Programa:
1: Introdução ao Controle de Infecção Hospitalar
2: Epidemiologia das infecções hospitalares I e II.
Epidemiologia das infecções hospitalares III ? Investigação e Controle de Surtos Hospitalares.
3: Antimicrobianos
4: Laboratório de microbiologia
5: Patógenos Especiais
6: Serviços de Apoio I e II
7: Controle de infecção em Áreas Especiais: Unidade de Terapia Intensiva, Neonatologia, Diálise, Centro Cirúrgico, Transplante.
8: Biossegurança
9: Bioestatística
10: Limpeza, desinfecção e esterilização
11: Microrganismos Multirresistentes
12: Controle de Qualidade, Ambiente e Doenças de Notificação Compulsória
13: Metodologia Científica e de Ensino
14: Informática

Investimento: 12 x 400,00
Inscrições de 01/06/2009 a 08/07/2009, no site:

Maiores informações:
Comissão de Epidemiologia Hospitalar ? Hospital São Paulo/ UNIFESP
Rua Napoleão de Barros, 690 ? 2º andar ? Vila Clementino
CEP: 04024-002
Tel: (11) 5576-4463/ 5571-8935











Thursday, February 17, 2011

Confiram "SISTEMA PESSOAL DE EQUILÍBIO DINÂMICO/PERSONAL BALANCED SCORECARD"

SOURCE/LINK: http://www.perspectivas.com.br/pbs.htm


O estado da arte da  gestão para a busca da excelência do desempenho pessoal
 
Martius V. Rodriguez - martius@nitnet.com.br / COPPE-UFRJ
Renilda Ouro de Almeida - ouro@perspectivas.com.br
 
1.        ABSTRACT
Concebida como uma das mais atraentes questões discutidas no mundo de hoje,  a Educação, numa era denominada como sendo a da “economia do conhecimento”, se destaca como um grande desafio. Cada vez mais é preciso aprender mais, e mais rapidamente, ao mesmo tempo em que também é necessário desaprender mais e mais, para acertar o passo com as transformações que se apresentam a cada novo dia, para adotar novos conceitos, comportamentos, crenças e valores.
 Muito do aprendizado vem diretamente da experiência, na tentativa cotidiana de enfrentar novas situações que se apresentam ou da motivação por uma nova onda de interesses atrativos, que acaba mobilizando para a adoção de novos conhecimentos. Em ambos os casos a situação hoje se apresenta de forma muito diferente daquilo que tendemos a fazer: procurar algo ou alguém que possa nos guiar na situação desejada. O mundo não funciona mais assim. Com o que nos deparamos então? Com um boom de informações disponibilizadas através de diversos canais e possibilidades de empreendermos nosso próprio caminho, observando-se vocações e metas pessoais, perspectivas e situações de sucessos. A grande motivação é a certeza da busca de expansão de novos horizontes e o desejo de substituição de paradigmas que já não nos servem.
 

2.        MUDANÇAS E OS HÁBITOS QUE ELAS DETERMINAM

 Dentro do atual processo de globalização da economia, novos hábitos começam a ocorrer e podem ser percebidos na forma de relacionamentos entre os indivíduos, no mix cultural que caracteriza a economia atual, na relação dos indivíduos com as Organizações, que pouco a pouco perdem o papel de “tutor de empregados” e assumem uma chamada parceria orientada por uma missão comum. As premissas da Sociedade Industrial: salário, perspectivas de carreira, e emprego para toda a vida, desaparecem. Surgem valorizados o talento intrínseco ao ser humano, o seu grau de energia para “construir”, a dedicação a uma causa e metas de vida, a determinação baseada em uma missão pessoal e valores de desenvolvimento pessoal.
 “Como dizem Roger Evans e Peter Russel, o movimento de potencial humano é apenas um lado de um fenômeno social mais amplo. Desde a década de 70, tornou-se evidente que, nos países mais industrializados, os valores e motivações individuais estão mudando regularmente. Essas tendências têm sido tema de inúmeros estudos de longo prazo (um dentre muitos exemplos é o do Programa de Valores e Estilos de Vida do Instituto de Pesquisa de Stanford). Todos revelaram que, embora a maioria das pessoas ainda possa estar voltada para seu bem-estar material exterior, a preocupação com valores interiores e a auto-orientação vêm crescendo regularmente, e tornou-se agora fator significativo para o desenvolvimento social.
 A grande equação que surge é: como descobrir e escolher o melhor caminho para alcançar a realização pessoal e profissional sem a então habitual interferência do Estado e das Organizações? Surge a necessidade de desenvolvimento de “um novo homem” e da busca do “equilíbrio dinâmico” que o levará à conquistas em tempos de terceiro milênio. Educação e Negócios se darão com base na troca com aliados, parceiros que se auxiliem mutuamente na busca da superação dos desafios nas diversas dimensões dos relacionamentos e necessidades humanas.
 Desde o despertar da ciência os filósofos buscam a compreensão do mais complexo dos objetos de estudo: O SER HUMANO. Ao longo dos tempos a lógica mecanicista dominou o mundo, trazendo a idéia de que existe uma linearidade. Às portas da virada do milênio, observa-se um natural e saudável retorno à busca do auto-conhecimento, a volta do ser humano ao encontro do seu próprio ser e da sua verdade individual e social. Esse homem integral é capaz, segundo Weil e Jung, de acoplar em sua visão sistêmica, intuição, razão e pensamento, sentimento e emoção, sensação e percepção, de forma única, singular
 Na esfera social, observam-se mudanças significativas como o que é constatado com os níveis de emprego em todas as sociedades. O trabalho, agora orientado a partir da sintonia entre os interesses dos indivíduos e das organizações, começa a surgir no lugar do emprego que na Sociedade Industrial fazia das Organizações guias e tutoras da vida profissional e até pessoal, de cada um dos seus empregados, orientando-os nas suas diversas etapas da vida, sob a égide do predomínio de valores de lucratividade, descartando, em sua maioria, indicadores de qualidade de vida e crescimento pessoal.
 

3.        INSIGHT: A ORIGEM DO MODELO INTUÍDO

 Em 1992, Robert Kaplan e David Norton criaram o Balanced Scorecard (The Balanced Scorecard, por Harvard Business School Press), demostrando como os executivos podem transformar uma Visão em objetivos estratégicos, de maneira muito simples. Definido como um conjunto de indicadores que se constituem num sistema gerencial apto a canalizar energias, habilidades e conhecimentos específicos de indivíduos na busca da realização dos objetivos de longo prazo da Empresa, o BSC, como também é conhecido, orienta para  o desempenho atual e focaliza no desempenho futuro. As “dimensões” originais apresentadas no belíssimo trabalho que lhe deu origem são: desempenho financeiro, conhecimento do cliente, processos internos e aprendizado e crescimento, para alinhar iniciativas individuais, organizacionais e interdepartamentais, e para identificar processos destinados a atender os objetivos de clientes e acionistas.
 A partir do estímulo oferecido pelos próprios autores no seu livro, ou seja, a opção de se trabalhar com o modelo do BSC em dimensões que fazem sentido a cada empreendimento empresarial específico, intuímos pela alternativa de utilização desse mesmo modelo aplicado à vida pessoal, no sentido da busca do seu equilíbrio dinâmico, possibilitando uma visão mais ampla e harmonizada de qualidade de vida. Chamamos o modelo, ou processo, talvez melhor aplicável à situação, de Personal Balanced Scorecard.
 O Personal Balanced Scorecard baseia-se em critérios da Qualidade de Vida dos Seres Humanos, que formam a base para o ajuste das diversas dimensões nas quais o indivíduo atua. Focalizando três dimensões naturais e inerentes ao ser humano, concretiza-se num Sistema de Gestão Pessoal, para auxiliar no balanceamento de necessidades e desejos (sonhos), considerando a percepção individual e a visão de futuro, dentro de um contexto altamente dinâmico e não determinístico, mas sim probabilístico. O objetivo desse modelo é fornecer um instrumental para que cada indivíduo possa melhor visualizar, definir, planejar, tomar decisões e atuar, tendo uma visão mais integrada das variáveis que interferem em cada uma das dimensões que fazem parte da vida.
 

4.        EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS

 A evolução das sociedades, passando pela Sociedade Agrícola, cujos pilares de sustentação eram a terra, a mão de obra escrava e o capital que “geria” a vida dos indivíduos, pela Sociedade Industrial,  onde o  Estado era o grande impulsionador e caracterizava-se por empresas altamente hierarquizadas, que empregavam o capital humano, tratando-o como peça de uma engrenagem onde a máquina valia mais do que o homem. Até esse momento as Organizações acenavam com carreiras profissionais em troca da lealdade dos indivíduos. Cumprimento de normas e rotinas era valorizado e condição sine-qua-non para a segurança da aposentadoria. A tutela sobre a vida dos indivíduos estava consolidada.
Com o surgimento da Sociedade da Informação, conforme apresentado na Figura 1, através da evolução da tecnologia de informação, a partir da década de 40, os pilares de sustentação da sociedade ocidental passam a ser a própria tecnologia, os recursos humanos e os valores intangíveis. O “oxigênio” das Empresas passa a ser a informação e as estruturas de poder firmadas pelas hierarquias burocráticas passam a decair, pois os indivíduos começam a fazer a real diferença no desempenho das empresas na era da informação. Sistemas de gestão de pessoas começam a fazer sentido e valores como cumprimento de normas e segurança questionados. O legado das promessas de segurança pela aposentadoria começa a se extinguir.
Redes de relacionamentos, globalização da economia, desestruturações de diversas sociedades, mudanças de valores, conscientização sobre a existência de conhecimentos tácitos e explícitos, emerge a Sociedade do Conhecimento. Aliada à evolução da tecnologia que automatiza processos rotineiros e até intelectuais, as máquinas assumem o papel do homem da sociedade industrial. Chegando mais perto do seu papel essencial, cabe agora ao homem pensar, criar, inovar, planejar, empreender e, principalmente, tomar conta do seu próprio destino. A complexidade toma vulto e o homem se liberta de uma forma de trabalho bastante conhecida, passando a se defrontar com o desafio da complexidade, do desconhecido. 

5.     PREMISSAS QUE FAZEM REPENSAR O TRABALHO E A VIDA.
 A necessidade imperiosa de adotar como modelo algo que poderá ter impacto na vida dos indivíduos requer que mudanças sejam explicitadas, algumas delas citadas a seguir, pois por si só serão grandes motivadoras para a decisão de utilização de um modelo definido como Personal Balanced Scorecard –PBSC.
-        Paternalismo: será totalmente banido da cultura empresarial.
-        Processo Seletivo: os indivíduos escolherão as Empresas onde trabalhar, e não o contrário; eles oferecerão suas habilidades e vocações, ao invés de curriculum com experiências e anos de lealdade empresarial.
-        Emprego: o emprego será deslocado para dar lugar ao trabalho; na era e economia do conhecimento será natural que o indivíduo trabalhe em diversos projetos, mesmo em diferentes Organizações. Já se pode perceber as ONGs como a célula dessa nova estrutura do parque empresarial do futuro. Enquanto agregar valor ao negócio, o indivíduo estará pertencendo ao quadro de uma Organização, terá “empregabilidade”
-        Valores: serão vistos como suporte e inspiração para o crescimento e desenvolvimento humano; o indivíduo reconhecerá se a Organização para a qual pretende prestar seus serviços se alinha aos seus valores individuais.
-        Lideranças e Equipes: uma das grandes transformações, já começando a ser percebida: da liderança pela estipulação de propósitos comuns para a liderança pelo fortalecimento de todos, onde a perspectiva individual somente faz sentido se subordinada à construção de uma sociedade mais digna, considerados a coletividade a qual cada indivíduo pertence, a nação, o mundo, o planeta e a vida.
-        Integração entre Trabalho e Vida Pessoal: novo sentido será dado ao trabalho na vida dos indivíduos; a transição do trabalho para a sobrevivência para o trabalho pela vocação e missão pessoal. O tempo não mais será administrado pelas circunstâncias, mas pertencerá ao auto-domínio de cada um que optará por aquilo que dá mais sentido para a sua vida. Trabalho e lazer são vida.
 
6.      MODELO
 Dentro do contexto de mudanças percebidas como necessárias, o intuito de coordenar as diversas dimensões da vida através da criação de novos hábitos, atitudes e ações que tenham sinergia torna-se fundamental. O novo mundo caracteriza-se pela necessidade de administrar a complexidade, que é a  sua própria matéria, como dizem Wheatley e Kellner-Rogers. O Personal Balanced Scorecard, como ferramenta, auxilia na percepção e explicitação de objetivos de vida, na orientação relacionada a escolhas a serem feitas e decisões a serem tomadas, no crescimento pessoal, no compartilhamento produtivo de valores, visões e missões pessoais, na organização do tempo e minimização do stress, na tendência à melhoria da qualidade de vida no contexto de complexidade presente.
 É importante ainda resgatar a crença de que todas as pessoas têm uma missão, uma vocação, um desejo de contribuir para a sociedade como um todo; é inerente ao ser humano, embora a oportunidade de sua descoberta seja ainda pouco oferecida. O somatório de esforços orientados pela decisão individual de cada ser humano se constituirá em Organizações que gerarão as grandes transformações sociais para viabilizar a vida no planeta, demanda essa já presente na geração que vive a Era do Conhecimento. “A não ser que o homem possa fazer novas e originais adaptações em seu ambiente, tão rápidas quanto sua ciência pode modificar o ambiente, nossa cultura perecerá...A aniquilação será o preço que pagaremos pela falta de criatividade” (Carl Rogers, 1994).
 O Personal Balanced Scorecard, conforme apresentado na Figura 2, está baseado em três dimensões:
1.      Competência Pessoal:  relacionada às capacidades física e intelectual intrínsecas a cada um, e diretamente vinculadas ao potencial físico e intelectual acumulado ao longo dos anos. No modelo adotado é desdobrada nos seguintes campos:
-        Vocação: o “nato”, competências inerentes à cada ser humano singular
-        Educação formal: cursos formais obtidos, ou reconhecido saber.
-        Competências duráveis: capacidade de pensar estrategicamente, sistemicamente, de ver o todo, de abstrair, de inovar e criar, de chegar à essência das coisas, de fazer acontecer, de se comunicar, de negociar e se articular, de se relacionar, de iniciar mudanças, de mudar, de energizar pessoas, de criar imagens mentais, de observar, de estar atento, de ler, entender, e extrair, enfim, são competências utilizáveis em qualquer situação, independentemente da natureza do negócio ou contexto onde se atua.
-        Cultura: relacionada a conhecimentos gerais, atualidades, conexões com o ambiente atual, informações e conhecimentos gerais, participação em conferências, grupos de discussão, grupos sociais, curiosidade com relação a outras culturas e modos de vida, adaptação às tecnologias disponíveis, etc
-        Saúde : investimento na alimentação saudável e qualidade de vida, desenvolvimento da forma física, lazer, tratamento do corpo como morada do espírito, contribuição para a preservação da vida e do planeta, calma e baixo nível de ansiedade, exercício do não-julgamento, que cria limitação às potencialidades latentes, investimento em práticas de anti-stress físico e emocional, etc.
 
2.      Competência de Agregação de Valor: relacionada à capacidade de realização de trabalho produtivo e agregação de valor à sociedade, postura de facilitação nos relacionamentos, autoliderança, capacidade de ser reconhecido como coaching ou mentor, atuação como líder para o fortalecimento de todos, capacidade de criar sinergias no ambientes e potencializar o valor daquilo que é produzido. Desdobra-se nos seguintes elementos:
-        Trabalho: capacidade de agregar valor aos produtos e serviços gerados, de execução de tarefas com objetividade, alegria e leveza, sem stress, capacidade de reflexão, criação e aplicação de conhecimentos e talentos, habilidades de aprendizado contínuo, de utilizar de forma positiva a sua vocação, capacidade de utilizar a inteligência e competências duráveis para fazer sobressair as demais inteligências, capacidade de adotar adversidades como oportunidades de crescimento, de lidar com diversidades culturais, de contribuir com seus semelhantes e para a sociedade, ser útil e sentir-se útil, ter suficiente desprendimento para dosar o trabalho remunerado e voluntário, contribuindo nas duas formas. Capacidade de descobrir o significado do trabalho e o potencial de conviver com valores de espiritualidade. 
-        Cidadania: ser elemento ativo, influenciador  e que faz diferença no grupo a que pertence, ser ator e não espectador. Participar do processo de reinvenção do desenvolvimento econômico e social, cultivando novos valores e moldando comportamentos de forma mais consciente e promissora para o legado às futuras gerações, privilegiando ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Ser capaz de refletir sobre como o homem está construindo o futuro e contribuir para repensar novas formas de organização de todas as atividades humanas, adotar valores de crescimento contínuo e de ampliação de níveis de consciência social.
-        Família: valorizar os relacionamentos afetivos e em família, constituindo no seu próprio lar um processo de aprendizado sobre a vida e suas possibilidades, transmitindo valores éticos e morais duradouros, que ajudarão no crescimento da sua família, em todos os sentidos. Valorizar o crescimento espiritual e a ampliação dos níveis de consciência sobre a vida, motivando para ações voltadas à melhoria de vida e do planeta.
-        Social: valorizar o relacionamento pessoal, estabelecer conexões em rede de amigos e parceiros, perceber-se como parte de um todo, desenvolver habilidades de relacionamentos independentemente de qual a cultura, crenças ou valores alheios, contribuir para criar o hábito de evitar o pré-conceito e construir a riqueza das amizades e de todo o potencial que os relacionamentos são capazes de gerar.
-        Imagem: capacidade de reconhecer a imagem pessoal como um instrumento que motiva para mudanças contínuas, conduzindo a vida de maneira a ser um exemplo que mereça ser imitado.
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Figura 2 - As dimensões do Personal Balanced Scorecard
 
3.      Competência de Auto-Realização : relacionada ao equilíbrio dinâmico entre o interior e exterior individuais. Reside nessa competência a capacidade do equilíbrio entre as diversas realizações possíveis atribuídas ao ser humano: Pode ser desdobrada da seguinte forma:
-        Econômico-Financeiro: equilíbrio trabalho-finanças, constituição de reservas mínimas que dêem segurança material suficiente para permitir liberdade de escolhas e tomada de decisões que possam mudar o curso da vida; liberar-se da escravidão do dinheiro e do consumismo, trabalhar para a busca do equilíbrio que potencialize a boa qualidade de vida, utilizar a riqueza como geradora de riqueza para outros; correr atrás do trabalho que traga significado e criar oportunidades e opções para outros.
-        Intelectual: equilíbrio do aprendizado/trabalho com as outras dimensões da vida, agregando competências pessoais a partir daquelas que são predominantes; pedir e oferecer ajuda; servir de mentor quando perceber que pode ajudar alguém a crescer.
-        Emocional/Afetivo: equilíbrio nos relacionamentos, dosando obrigação, devoção e satisfação; procurar ser você mesmo, trabalhar para o ‘interior”, buscando criar e manter um estado de paz interior; desenvolver a cada dia a certeza de que a pessoa que dita o seu estado emocional reside dentro de você, exclusivamente; procurar estabelecer clima de satisfação em todas as relações.
-        Evolução pessoal: auto-conhecimento, grau de conscientização sobre vida e valores, espiritualização, reconhecimento da essência humana, do significado da vida, das possibilidades de exercício da missão maior na terra; do desenvolvimento da intuição e do estado meditação; busca da evolução interpessoal e intrapessoal; abertura para o crescimento; compartilhamento e educação para o crescimento de todos, transcendendo o grupo a que pertence; desenvolver valores de espiritualidade,  paz interior e consciência.
 
Paixão, propósito, motores que acionam vidas. Saber onde se quer ir já é meio caminho andado, resta mobilizar para o exercício da liderança pessoal. Decidir se já é a época de descobri-la e ativá-la é atribuição de cada um. Essa não é mais a era da exclusão de dimensões de vida, ou de incentivar para a “cultura do tudo pelos bens materiais”. Passar uma vida inteira vagando de uma trilha a outra atrás do ouro e nunca usufruir do alcance de metas à altura das verdadeiras ânsias, paixão e potencial faz despertar a verdadeira essência do ser humano? Certamente não. E é essa a grande conclusão que inspirou o desenho do PBSC.
Consideradas as dimensões aqui citadas como fundamentais para a formulação do Personal Balanced Scorecard, o seu detalhamento será a base do trabalho a ser desenvolvido por cada um, de forma a que possa servir de base para indivíduos que desejam planejar sua vida dentro de uma dinâmica equilibrada.
Como diz Denis Waitley: “A paixão de saber o que você quer fazer e aonde quer ir já é meio caminho andado para o império que existe na sua mente. Mas só uma minúscula porcentagem de indivíduos leva em consideração esse aspecto crucial. A maioria das pessoas, dizem, passam mais tempo preparando-se para uma excursão em família do que estabelecendo metas para suas vidas” Não há reprise no jogo da vida!
 
Autores:
Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez: é professor de administração de negócios na Universidade de Marília, São Paulo. Mestre em gestão do conhecimento pela COPPE. Atualmente cursa o doutorado em Gestão do Conhecimento, na UFRJ. Autor do livro Information Technology for the 21th. Century: Managing the Changing, CML Publications, UK, 1996 e Tecnologia da Informação, IBPI, 1997 – Rio de Janeiro. É coordenador do segmento de gestão empresarial da Exploração e Produção da Petrobras. Assumiu este mês a direção de edição do IBPI/RJ.
 
Renilda Ouro de Almeida: trabalha atualmente para o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, CEBDS e para o Conselho Brasil 500 Anos. Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, MBA pela UFRJ, COPPEAD, RJ, MBA Executivo Internacional pela Amana-Key, SP. Possui vários artigos publicados em revistas e jornais de renome no Brasil e exterior. Ë diretora da Perspectiva Educação e Consultoria, empresa que tem por missão a melhoria da performance dos negócios e construção de uma sociedade mais digna. (www.perspectivas.com.br)
 
OBS: O livro referente a esse artigo estará sendo publicado em Junho de 1999 e o mesmo artigo em inglês sendo publicado em revistas Nos USA e Inglaterra.