Thursday, February 17, 2011

Confiram "SISTEMA PESSOAL DE EQUILÍBIO DINÂMICO/PERSONAL BALANCED SCORECARD"

SOURCE/LINK: http://www.perspectivas.com.br/pbs.htm


O estado da arte da  gestão para a busca da excelência do desempenho pessoal
 
Martius V. Rodriguez - martius@nitnet.com.br / COPPE-UFRJ
Renilda Ouro de Almeida - ouro@perspectivas.com.br
 
1.        ABSTRACT
Concebida como uma das mais atraentes questões discutidas no mundo de hoje,  a Educação, numa era denominada como sendo a da “economia do conhecimento”, se destaca como um grande desafio. Cada vez mais é preciso aprender mais, e mais rapidamente, ao mesmo tempo em que também é necessário desaprender mais e mais, para acertar o passo com as transformações que se apresentam a cada novo dia, para adotar novos conceitos, comportamentos, crenças e valores.
 Muito do aprendizado vem diretamente da experiência, na tentativa cotidiana de enfrentar novas situações que se apresentam ou da motivação por uma nova onda de interesses atrativos, que acaba mobilizando para a adoção de novos conhecimentos. Em ambos os casos a situação hoje se apresenta de forma muito diferente daquilo que tendemos a fazer: procurar algo ou alguém que possa nos guiar na situação desejada. O mundo não funciona mais assim. Com o que nos deparamos então? Com um boom de informações disponibilizadas através de diversos canais e possibilidades de empreendermos nosso próprio caminho, observando-se vocações e metas pessoais, perspectivas e situações de sucessos. A grande motivação é a certeza da busca de expansão de novos horizontes e o desejo de substituição de paradigmas que já não nos servem.
 

2.        MUDANÇAS E OS HÁBITOS QUE ELAS DETERMINAM

 Dentro do atual processo de globalização da economia, novos hábitos começam a ocorrer e podem ser percebidos na forma de relacionamentos entre os indivíduos, no mix cultural que caracteriza a economia atual, na relação dos indivíduos com as Organizações, que pouco a pouco perdem o papel de “tutor de empregados” e assumem uma chamada parceria orientada por uma missão comum. As premissas da Sociedade Industrial: salário, perspectivas de carreira, e emprego para toda a vida, desaparecem. Surgem valorizados o talento intrínseco ao ser humano, o seu grau de energia para “construir”, a dedicação a uma causa e metas de vida, a determinação baseada em uma missão pessoal e valores de desenvolvimento pessoal.
 “Como dizem Roger Evans e Peter Russel, o movimento de potencial humano é apenas um lado de um fenômeno social mais amplo. Desde a década de 70, tornou-se evidente que, nos países mais industrializados, os valores e motivações individuais estão mudando regularmente. Essas tendências têm sido tema de inúmeros estudos de longo prazo (um dentre muitos exemplos é o do Programa de Valores e Estilos de Vida do Instituto de Pesquisa de Stanford). Todos revelaram que, embora a maioria das pessoas ainda possa estar voltada para seu bem-estar material exterior, a preocupação com valores interiores e a auto-orientação vêm crescendo regularmente, e tornou-se agora fator significativo para o desenvolvimento social.
 A grande equação que surge é: como descobrir e escolher o melhor caminho para alcançar a realização pessoal e profissional sem a então habitual interferência do Estado e das Organizações? Surge a necessidade de desenvolvimento de “um novo homem” e da busca do “equilíbrio dinâmico” que o levará à conquistas em tempos de terceiro milênio. Educação e Negócios se darão com base na troca com aliados, parceiros que se auxiliem mutuamente na busca da superação dos desafios nas diversas dimensões dos relacionamentos e necessidades humanas.
 Desde o despertar da ciência os filósofos buscam a compreensão do mais complexo dos objetos de estudo: O SER HUMANO. Ao longo dos tempos a lógica mecanicista dominou o mundo, trazendo a idéia de que existe uma linearidade. Às portas da virada do milênio, observa-se um natural e saudável retorno à busca do auto-conhecimento, a volta do ser humano ao encontro do seu próprio ser e da sua verdade individual e social. Esse homem integral é capaz, segundo Weil e Jung, de acoplar em sua visão sistêmica, intuição, razão e pensamento, sentimento e emoção, sensação e percepção, de forma única, singular
 Na esfera social, observam-se mudanças significativas como o que é constatado com os níveis de emprego em todas as sociedades. O trabalho, agora orientado a partir da sintonia entre os interesses dos indivíduos e das organizações, começa a surgir no lugar do emprego que na Sociedade Industrial fazia das Organizações guias e tutoras da vida profissional e até pessoal, de cada um dos seus empregados, orientando-os nas suas diversas etapas da vida, sob a égide do predomínio de valores de lucratividade, descartando, em sua maioria, indicadores de qualidade de vida e crescimento pessoal.
 

3.        INSIGHT: A ORIGEM DO MODELO INTUÍDO

 Em 1992, Robert Kaplan e David Norton criaram o Balanced Scorecard (The Balanced Scorecard, por Harvard Business School Press), demostrando como os executivos podem transformar uma Visão em objetivos estratégicos, de maneira muito simples. Definido como um conjunto de indicadores que se constituem num sistema gerencial apto a canalizar energias, habilidades e conhecimentos específicos de indivíduos na busca da realização dos objetivos de longo prazo da Empresa, o BSC, como também é conhecido, orienta para  o desempenho atual e focaliza no desempenho futuro. As “dimensões” originais apresentadas no belíssimo trabalho que lhe deu origem são: desempenho financeiro, conhecimento do cliente, processos internos e aprendizado e crescimento, para alinhar iniciativas individuais, organizacionais e interdepartamentais, e para identificar processos destinados a atender os objetivos de clientes e acionistas.
 A partir do estímulo oferecido pelos próprios autores no seu livro, ou seja, a opção de se trabalhar com o modelo do BSC em dimensões que fazem sentido a cada empreendimento empresarial específico, intuímos pela alternativa de utilização desse mesmo modelo aplicado à vida pessoal, no sentido da busca do seu equilíbrio dinâmico, possibilitando uma visão mais ampla e harmonizada de qualidade de vida. Chamamos o modelo, ou processo, talvez melhor aplicável à situação, de Personal Balanced Scorecard.
 O Personal Balanced Scorecard baseia-se em critérios da Qualidade de Vida dos Seres Humanos, que formam a base para o ajuste das diversas dimensões nas quais o indivíduo atua. Focalizando três dimensões naturais e inerentes ao ser humano, concretiza-se num Sistema de Gestão Pessoal, para auxiliar no balanceamento de necessidades e desejos (sonhos), considerando a percepção individual e a visão de futuro, dentro de um contexto altamente dinâmico e não determinístico, mas sim probabilístico. O objetivo desse modelo é fornecer um instrumental para que cada indivíduo possa melhor visualizar, definir, planejar, tomar decisões e atuar, tendo uma visão mais integrada das variáveis que interferem em cada uma das dimensões que fazem parte da vida.
 

4.        EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS

 A evolução das sociedades, passando pela Sociedade Agrícola, cujos pilares de sustentação eram a terra, a mão de obra escrava e o capital que “geria” a vida dos indivíduos, pela Sociedade Industrial,  onde o  Estado era o grande impulsionador e caracterizava-se por empresas altamente hierarquizadas, que empregavam o capital humano, tratando-o como peça de uma engrenagem onde a máquina valia mais do que o homem. Até esse momento as Organizações acenavam com carreiras profissionais em troca da lealdade dos indivíduos. Cumprimento de normas e rotinas era valorizado e condição sine-qua-non para a segurança da aposentadoria. A tutela sobre a vida dos indivíduos estava consolidada.
Com o surgimento da Sociedade da Informação, conforme apresentado na Figura 1, através da evolução da tecnologia de informação, a partir da década de 40, os pilares de sustentação da sociedade ocidental passam a ser a própria tecnologia, os recursos humanos e os valores intangíveis. O “oxigênio” das Empresas passa a ser a informação e as estruturas de poder firmadas pelas hierarquias burocráticas passam a decair, pois os indivíduos começam a fazer a real diferença no desempenho das empresas na era da informação. Sistemas de gestão de pessoas começam a fazer sentido e valores como cumprimento de normas e segurança questionados. O legado das promessas de segurança pela aposentadoria começa a se extinguir.
Redes de relacionamentos, globalização da economia, desestruturações de diversas sociedades, mudanças de valores, conscientização sobre a existência de conhecimentos tácitos e explícitos, emerge a Sociedade do Conhecimento. Aliada à evolução da tecnologia que automatiza processos rotineiros e até intelectuais, as máquinas assumem o papel do homem da sociedade industrial. Chegando mais perto do seu papel essencial, cabe agora ao homem pensar, criar, inovar, planejar, empreender e, principalmente, tomar conta do seu próprio destino. A complexidade toma vulto e o homem se liberta de uma forma de trabalho bastante conhecida, passando a se defrontar com o desafio da complexidade, do desconhecido. 

5.     PREMISSAS QUE FAZEM REPENSAR O TRABALHO E A VIDA.
 A necessidade imperiosa de adotar como modelo algo que poderá ter impacto na vida dos indivíduos requer que mudanças sejam explicitadas, algumas delas citadas a seguir, pois por si só serão grandes motivadoras para a decisão de utilização de um modelo definido como Personal Balanced Scorecard –PBSC.
-        Paternalismo: será totalmente banido da cultura empresarial.
-        Processo Seletivo: os indivíduos escolherão as Empresas onde trabalhar, e não o contrário; eles oferecerão suas habilidades e vocações, ao invés de curriculum com experiências e anos de lealdade empresarial.
-        Emprego: o emprego será deslocado para dar lugar ao trabalho; na era e economia do conhecimento será natural que o indivíduo trabalhe em diversos projetos, mesmo em diferentes Organizações. Já se pode perceber as ONGs como a célula dessa nova estrutura do parque empresarial do futuro. Enquanto agregar valor ao negócio, o indivíduo estará pertencendo ao quadro de uma Organização, terá “empregabilidade”
-        Valores: serão vistos como suporte e inspiração para o crescimento e desenvolvimento humano; o indivíduo reconhecerá se a Organização para a qual pretende prestar seus serviços se alinha aos seus valores individuais.
-        Lideranças e Equipes: uma das grandes transformações, já começando a ser percebida: da liderança pela estipulação de propósitos comuns para a liderança pelo fortalecimento de todos, onde a perspectiva individual somente faz sentido se subordinada à construção de uma sociedade mais digna, considerados a coletividade a qual cada indivíduo pertence, a nação, o mundo, o planeta e a vida.
-        Integração entre Trabalho e Vida Pessoal: novo sentido será dado ao trabalho na vida dos indivíduos; a transição do trabalho para a sobrevivência para o trabalho pela vocação e missão pessoal. O tempo não mais será administrado pelas circunstâncias, mas pertencerá ao auto-domínio de cada um que optará por aquilo que dá mais sentido para a sua vida. Trabalho e lazer são vida.
 
6.      MODELO
 Dentro do contexto de mudanças percebidas como necessárias, o intuito de coordenar as diversas dimensões da vida através da criação de novos hábitos, atitudes e ações que tenham sinergia torna-se fundamental. O novo mundo caracteriza-se pela necessidade de administrar a complexidade, que é a  sua própria matéria, como dizem Wheatley e Kellner-Rogers. O Personal Balanced Scorecard, como ferramenta, auxilia na percepção e explicitação de objetivos de vida, na orientação relacionada a escolhas a serem feitas e decisões a serem tomadas, no crescimento pessoal, no compartilhamento produtivo de valores, visões e missões pessoais, na organização do tempo e minimização do stress, na tendência à melhoria da qualidade de vida no contexto de complexidade presente.
 É importante ainda resgatar a crença de que todas as pessoas têm uma missão, uma vocação, um desejo de contribuir para a sociedade como um todo; é inerente ao ser humano, embora a oportunidade de sua descoberta seja ainda pouco oferecida. O somatório de esforços orientados pela decisão individual de cada ser humano se constituirá em Organizações que gerarão as grandes transformações sociais para viabilizar a vida no planeta, demanda essa já presente na geração que vive a Era do Conhecimento. “A não ser que o homem possa fazer novas e originais adaptações em seu ambiente, tão rápidas quanto sua ciência pode modificar o ambiente, nossa cultura perecerá...A aniquilação será o preço que pagaremos pela falta de criatividade” (Carl Rogers, 1994).
 O Personal Balanced Scorecard, conforme apresentado na Figura 2, está baseado em três dimensões:
1.      Competência Pessoal:  relacionada às capacidades física e intelectual intrínsecas a cada um, e diretamente vinculadas ao potencial físico e intelectual acumulado ao longo dos anos. No modelo adotado é desdobrada nos seguintes campos:
-        Vocação: o “nato”, competências inerentes à cada ser humano singular
-        Educação formal: cursos formais obtidos, ou reconhecido saber.
-        Competências duráveis: capacidade de pensar estrategicamente, sistemicamente, de ver o todo, de abstrair, de inovar e criar, de chegar à essência das coisas, de fazer acontecer, de se comunicar, de negociar e se articular, de se relacionar, de iniciar mudanças, de mudar, de energizar pessoas, de criar imagens mentais, de observar, de estar atento, de ler, entender, e extrair, enfim, são competências utilizáveis em qualquer situação, independentemente da natureza do negócio ou contexto onde se atua.
-        Cultura: relacionada a conhecimentos gerais, atualidades, conexões com o ambiente atual, informações e conhecimentos gerais, participação em conferências, grupos de discussão, grupos sociais, curiosidade com relação a outras culturas e modos de vida, adaptação às tecnologias disponíveis, etc
-        Saúde : investimento na alimentação saudável e qualidade de vida, desenvolvimento da forma física, lazer, tratamento do corpo como morada do espírito, contribuição para a preservação da vida e do planeta, calma e baixo nível de ansiedade, exercício do não-julgamento, que cria limitação às potencialidades latentes, investimento em práticas de anti-stress físico e emocional, etc.
 
2.      Competência de Agregação de Valor: relacionada à capacidade de realização de trabalho produtivo e agregação de valor à sociedade, postura de facilitação nos relacionamentos, autoliderança, capacidade de ser reconhecido como coaching ou mentor, atuação como líder para o fortalecimento de todos, capacidade de criar sinergias no ambientes e potencializar o valor daquilo que é produzido. Desdobra-se nos seguintes elementos:
-        Trabalho: capacidade de agregar valor aos produtos e serviços gerados, de execução de tarefas com objetividade, alegria e leveza, sem stress, capacidade de reflexão, criação e aplicação de conhecimentos e talentos, habilidades de aprendizado contínuo, de utilizar de forma positiva a sua vocação, capacidade de utilizar a inteligência e competências duráveis para fazer sobressair as demais inteligências, capacidade de adotar adversidades como oportunidades de crescimento, de lidar com diversidades culturais, de contribuir com seus semelhantes e para a sociedade, ser útil e sentir-se útil, ter suficiente desprendimento para dosar o trabalho remunerado e voluntário, contribuindo nas duas formas. Capacidade de descobrir o significado do trabalho e o potencial de conviver com valores de espiritualidade. 
-        Cidadania: ser elemento ativo, influenciador  e que faz diferença no grupo a que pertence, ser ator e não espectador. Participar do processo de reinvenção do desenvolvimento econômico e social, cultivando novos valores e moldando comportamentos de forma mais consciente e promissora para o legado às futuras gerações, privilegiando ações voltadas ao desenvolvimento sustentável. Ser capaz de refletir sobre como o homem está construindo o futuro e contribuir para repensar novas formas de organização de todas as atividades humanas, adotar valores de crescimento contínuo e de ampliação de níveis de consciência social.
-        Família: valorizar os relacionamentos afetivos e em família, constituindo no seu próprio lar um processo de aprendizado sobre a vida e suas possibilidades, transmitindo valores éticos e morais duradouros, que ajudarão no crescimento da sua família, em todos os sentidos. Valorizar o crescimento espiritual e a ampliação dos níveis de consciência sobre a vida, motivando para ações voltadas à melhoria de vida e do planeta.
-        Social: valorizar o relacionamento pessoal, estabelecer conexões em rede de amigos e parceiros, perceber-se como parte de um todo, desenvolver habilidades de relacionamentos independentemente de qual a cultura, crenças ou valores alheios, contribuir para criar o hábito de evitar o pré-conceito e construir a riqueza das amizades e de todo o potencial que os relacionamentos são capazes de gerar.
-        Imagem: capacidade de reconhecer a imagem pessoal como um instrumento que motiva para mudanças contínuas, conduzindo a vida de maneira a ser um exemplo que mereça ser imitado.
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Figura 2 - As dimensões do Personal Balanced Scorecard
 
3.      Competência de Auto-Realização : relacionada ao equilíbrio dinâmico entre o interior e exterior individuais. Reside nessa competência a capacidade do equilíbrio entre as diversas realizações possíveis atribuídas ao ser humano: Pode ser desdobrada da seguinte forma:
-        Econômico-Financeiro: equilíbrio trabalho-finanças, constituição de reservas mínimas que dêem segurança material suficiente para permitir liberdade de escolhas e tomada de decisões que possam mudar o curso da vida; liberar-se da escravidão do dinheiro e do consumismo, trabalhar para a busca do equilíbrio que potencialize a boa qualidade de vida, utilizar a riqueza como geradora de riqueza para outros; correr atrás do trabalho que traga significado e criar oportunidades e opções para outros.
-        Intelectual: equilíbrio do aprendizado/trabalho com as outras dimensões da vida, agregando competências pessoais a partir daquelas que são predominantes; pedir e oferecer ajuda; servir de mentor quando perceber que pode ajudar alguém a crescer.
-        Emocional/Afetivo: equilíbrio nos relacionamentos, dosando obrigação, devoção e satisfação; procurar ser você mesmo, trabalhar para o ‘interior”, buscando criar e manter um estado de paz interior; desenvolver a cada dia a certeza de que a pessoa que dita o seu estado emocional reside dentro de você, exclusivamente; procurar estabelecer clima de satisfação em todas as relações.
-        Evolução pessoal: auto-conhecimento, grau de conscientização sobre vida e valores, espiritualização, reconhecimento da essência humana, do significado da vida, das possibilidades de exercício da missão maior na terra; do desenvolvimento da intuição e do estado meditação; busca da evolução interpessoal e intrapessoal; abertura para o crescimento; compartilhamento e educação para o crescimento de todos, transcendendo o grupo a que pertence; desenvolver valores de espiritualidade,  paz interior e consciência.
 
Paixão, propósito, motores que acionam vidas. Saber onde se quer ir já é meio caminho andado, resta mobilizar para o exercício da liderança pessoal. Decidir se já é a época de descobri-la e ativá-la é atribuição de cada um. Essa não é mais a era da exclusão de dimensões de vida, ou de incentivar para a “cultura do tudo pelos bens materiais”. Passar uma vida inteira vagando de uma trilha a outra atrás do ouro e nunca usufruir do alcance de metas à altura das verdadeiras ânsias, paixão e potencial faz despertar a verdadeira essência do ser humano? Certamente não. E é essa a grande conclusão que inspirou o desenho do PBSC.
Consideradas as dimensões aqui citadas como fundamentais para a formulação do Personal Balanced Scorecard, o seu detalhamento será a base do trabalho a ser desenvolvido por cada um, de forma a que possa servir de base para indivíduos que desejam planejar sua vida dentro de uma dinâmica equilibrada.
Como diz Denis Waitley: “A paixão de saber o que você quer fazer e aonde quer ir já é meio caminho andado para o império que existe na sua mente. Mas só uma minúscula porcentagem de indivíduos leva em consideração esse aspecto crucial. A maioria das pessoas, dizem, passam mais tempo preparando-se para uma excursão em família do que estabelecendo metas para suas vidas” Não há reprise no jogo da vida!
 
Autores:
Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez: é professor de administração de negócios na Universidade de Marília, São Paulo. Mestre em gestão do conhecimento pela COPPE. Atualmente cursa o doutorado em Gestão do Conhecimento, na UFRJ. Autor do livro Information Technology for the 21th. Century: Managing the Changing, CML Publications, UK, 1996 e Tecnologia da Informação, IBPI, 1997 – Rio de Janeiro. É coordenador do segmento de gestão empresarial da Exploração e Produção da Petrobras. Assumiu este mês a direção de edição do IBPI/RJ.
 
Renilda Ouro de Almeida: trabalha atualmente para o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável, CEBDS e para o Conselho Brasil 500 Anos. Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, MBA pela UFRJ, COPPEAD, RJ, MBA Executivo Internacional pela Amana-Key, SP. Possui vários artigos publicados em revistas e jornais de renome no Brasil e exterior. Ë diretora da Perspectiva Educação e Consultoria, empresa que tem por missão a melhoria da performance dos negócios e construção de uma sociedade mais digna. (www.perspectivas.com.br)
 
OBS: O livro referente a esse artigo estará sendo publicado em Junho de 1999 e o mesmo artigo em inglês sendo publicado em revistas Nos USA e Inglaterra.